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Limpeza de unidade

Limpeza de unidade é o processo de remoção de sujidades de superfícies do ambiente, materiais e equipamentos, mediante a aplicação e ação de produtos químicos, ação física, aplicação de temperatura ou combinação de processos. Ao limpar superfícies de serviços de saúde, pretende-se proporcionar aos usuários um ambiente com a menor carga de contaminação possível, contribuindo na redução da possibilidade de transmissão de patógenos oriundos de fontes inanimadas, através das boas práticas em higiene e limpeza hospitalar1

1. Limpeza diária ou concorrente

Entende-se por limpeza concorrente a higienização diária de todas as  áreas do hospital, com o objetivo da manutenção do asseio, reposição de materiais de consumo como: sabão líquido, papel toalha, papel higiênico, saco para lixo. Inclui:

Limpeza de piso, remoção de poeira do mobiliário e peitoril, limpeza completa do sanitário;

Limpeza de todo o mobiliário da unidade (bancadas, mesa, cadeira), realizada pela equipe da unidade (ou pela equipe da higienização, quando devidamente orientada).

Obs.:

• A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o dia, pois há acúmulo de partículas existentes no ar ou pela movimentação de pessoas;

• A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no período da manhã, durante a higiene do paciente.

Técnica:

Inicia-se do local mais limpo para o local mais sujo, ou do local menos contaminado de acordo com o “provável nível de sujidade ou contaminação”.

1º. Mobiliários;

2º. Parede;

3º. Piso.

Materiais: Baldes, panos e solução apropriada.

• Embeber o pano em solução apropriada;

• Esfregar a área a ser limpa sempre no mesmo sentido, do mais limpo ao mais sujo;

• Molhar o outro pano em água limpa (2º balde) e enxaguar;

• Molhar com o 3º pano no álcool e aplicar na superfície, deixar secar; 

• Friccionar com o 4º pano por 15 segundos em cada ponto;

• Limpar e guardar o material.

2. Limpeza ou desinfecção terminal

Entende-se por limpeza terminal a higienização completa das áreas do hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da população microbiana. É realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida, habitualmente, uma vez por semana ou quando necessário.

Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm contato direto com o paciente, também devem ser limpos sempre que utilizados (cadeira de rodas, maca e outros).

Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário e material que compõem a unidade do paciente no hospital. É feita após a alta, transferência, óbitos ou longa permanência do paciente.

Executar a técnica com movimentos firmes, longos e em uma só direção.

Seguir os princípios:

• Do mais limpo para o mais sujo;

• Da esquerda para direita;

• De cima para baixo;

• Do distal para o proximal.

Utilizar um balde e um pano para ensaboar e outro balde e pano para enxaguar, deixando quase seco. No caso de desinfecção passar a solução uma vez.

Técnica:

Materiais: bandeja, 2 baldes com água e recipiente com pedaço de sabão

(para limpeza da unidade), 1 balde com solução desinfetante padronizada no hospital (para desinfecção da unidade), cuba-rim para lixo, papel toalha, luva de procedimentos. 

• Retirar a roupa, separando a leve da pesada, manuseando-a com cuidado, fazer um pacote e colocá-lo sobre a bandeja. Levar a roupa ao expurgo;

• Se houver comadre, papagaio, bacia e cuba-rim no quarto, enxaguar no banheiro e levar para o expurgo, lavá-las com água e sabão, secar e passar álcool 70%;

• Colocar a luva de procedimentos;

• Limpar a mesa de refeição;

• Limpar suporte de soro;

• Limpar a mesa de cabeceira, iniciar pela área externa (parte superior, laterais, atrás e frente), parte interna da gaveta (iniciando pelo fundo, laterais, chão e frente) e parte externa da gaveta (limpar apenas laterais). Parte interna da porta.

Parte interna da mesinha (iniciar pelo teto, fundo, laterais, prateleira do meio e parte inferior). Manter a porta fechada;

• Limpar um dos lados do travesseiro colocando o lado já limpo sobre a mesa de cabeceira, e proceder à limpeza do outro lado;

• Abrir o impermeável sobre o colchão e limpar a parte exposta, dobrar e limpar a outra parte exposta, colocando-a sobre o travesseiro;

• Limpar a face superior e lateral do colchão, no sentido da cabeceira para os pés;

• Colocar o colchão sobre a guarda aos pés da cama, expondo a metade inferior do estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão;

• Lavar cabeceira, grades e a parte exposta do estrado;

• Dobrar o colchão dos pés da cama para a cabeceira, limpando a parte inferior do estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão;

• Acionar a manivela para limpar a parte posterior do estrado nos pés da cama;

• Abaixar o estrado e colocar o colchão no lugar, na posição horizontal;

• Limpar os quatro pés da cama;

• Colocar sobre o colchão o impermeável e o travesseiro;

• Proceder a limpeza da cadeira, e a escadinha;

• Recolher o material utilizado e lavá-lo, retirar as luvas e lavar as mãos.

3. Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares

Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas para realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos.

Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do paciente, disseminando a infecção hospitalar.

As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de contato e do tipo de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e esterilizações.

As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a classificação feita por SPAULDING, há mais de 2 décadas, os artigos hospitalares são classificados em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco de infecção do uso destes itens.

Os artigos críticos são aqueles destinados a penetração, através de pele e mucosas, que entram em contato com tecidos estéreis do corpo humano, isentos de colonização. Exemplo: agulhas, materiais cirúrgicos, cateteres cardíacos e outros.

Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas integras ou pele lesada. Exemplo: circuitos de terapia respiratória, endoscópios, tubos endotraqueais.

Os artigos não-críticos são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente ou não entram em contato com ele. Exemplo: o material usado para higienização, termômetro, esfigmomanômetro, oxímetro de pulso, comadre, papagaio, entre outros.

Para os artigos não-críticos basta a limpeza com procedimento mínimo. Por limpeza entende-se a completa remoção da sujidade presente nos artigos, utilizando água, detergente e ação mecânica. Utilizando água morna e detergente enzimático potencializa-se a efetividade da limpeza.

Para os artigos semicríticos, além da limpeza, há a necessidade de complementar com a termodesinfecção ou desinfecção química de nível intermediário, no mínimo. A termodesinfecção faz-se por meio das lavadoras termodesinfectoras, que possuem programas que operam em temperaturas variadas como as de 70°C, 85°C, 92°C, 95°C, respectivamente, a um tempo de exposição decrescente. A desinfecção química pode ser feita imergindo o material em soluções à base de glutaraldeído a 2% por 20 a 30 minutos, ou ácido peracético a 0,2% por 10 minutos, atentando-se para indicações e contra-indicações para cada material.

Estas duas soluções garantem a desinfecção de alto nível, ou seja, além de virucida, bactericida, fungicida e micobactericida, é também parcialmente esporocida. Já outros germicidas como o álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% e fenol sintético, são desinfetantes químicos sem ação esporocida, porém adequados para processar os artigos semicríticos, por serem desinfetantes de nível intermediário (virucida, bactericida, fungicida e micobactericida).

Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito. Se o artigo for termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é seguro, rápido, econômico, não-tóxico, e que permite ser seguramente monitorizado.

Se o artigo for termossensível, há que se recorrer à esterilização gasosa automatizada, por meio de óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio ou vapor à baixa temperatura com o gás formaldeído.

 

 

 

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